UM ALERTA SOBRE A VELHA E A NOVA ERA:

NÃO SIGA CEGAMENTE NADA, CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS QUE ESTÃO PRESENTES EM TODAS AS RELIGIÕES TRADICIONAIS OU MODERNAS.

FUJA DOS FANÁTICOS E DA TENTATIVA DE LAVAGENS CEREBRAIS.

CONHEÇA INTELECTUALMENTE O QUE LHE PARECER INTERESSANTE, MAS NÃO DEIXE QUE INVADA A SUA ALMA E A SUA CAPACIDADE DE REFLEXÃO E ESCOLHA.

BOA SORTE EM SUA JORNADA, COM CERTEZA O DEUS QUE O CRIOU O AMA E DESEJA O MELHOR PARA VOCÊ, DESCUBRA-O E SINTA A SUA FORÇA INTERIOR, ACIONE A SUA FÉ, MAS NÃO SE ILUDA COM AQUELES QUE QUEREM A SUA MENTE A SUA ALMA E O SEU BOLSO!

AQUI VOCÊ ENCONTRARÁ TEXTOS COM FUNDAMENTAÇÕES IDEOLÓGICAS ANTAGÔNICAS SOBRE O MOVIMENTO NOVA ERA.

O QUE É AFINAL A NOVA ERA?
UM PERIGO?
UM ENGODO?
UMA PROMESSA DE FELICIDADE?

DEIXO O MEU APELO: CIVILIDADE CÓSMICA!

INGRID
UMA PEREGRINA

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Fritjof Capra e a Nova Era

Alguns cientistas adeptos dos misticismos da Nova Era (ou, do inglês, New Age) têm
conseguido muito espaço na mídia para veicular suas perigosas doutrinas holísticas mascaradas com
muitos jargões científicos. Um dos adeptos mais conhecidos deste grupo é o físico austríaco Fritjof
Capra, que fez muito sucesso com a publicação do livro “O Tao da Física” e também “O ponto de
Mutação”. Levando conceitos físicos maldosamente além de seus limites, o autor defende abertamente
o fim do pensamento ocidental e o nascimento de uma “Nova Era”, quando, segundo ele, as pessoas
estarão livres da mentalidade medieval e limitada de até então.
Para entender completamente o que é proposto por Capra, é preciso conhecer um pouco deste
movimento chamado de “Nova Era”. Baseados em misticismos e religiões orientais, como budismo,
hinduísmo e taoísmo, seus adeptos pregam o fim das tradições religiosas ocidentais e o início de um
novo tempo (daí Nova Era), quando haverá uma religião universal que abarcará todas as crenças, num
sincretismo total. Segundo eles, cada indivíduo se identifica com o todo, com o universo e está
conectado com a natureza através de energias cósmicas misteriosas. Baseados nas tradições orientais,
defendem a união entre o bem e o mal. Não há certo e errado, tudo passa a ser relativo. Conceitos
cristãos como “bem absoluto”, são vistos como excludentes de pessoas. Costumam mentir dizendo que
eles têm uma verdadeira “ecologia cósmica” e atacam o cristianismo como fonte de mal para a
natureza.
Pessoas de todas as áreas do conhecimento abraçam a filosofia da Nova Era, inclusive alguns
físicos importantes. Capra, sem dúvida, é o mais famoso deles. Ele defende que a Física Moderna, na
Relatividade de Einstein, na Mecânica Quântica e na Cosmologia, “oferece, não raro, surpreendentes
paralelos face às ideias expressas nas filosofias religiosas do Extremo Oriente” (O Tao da Física, pág.
21). Para ele a Igreja é a vilã responsável por alienar o mundo ocidental das visões holísticas místicas
que são capazes de libertar o homem unindo a ciência com a religião. Segue, ainda, o velho discurso de
que a Idade Média foi um período de ignorância graças à perversa defesa pela Igreja do modelo
Aristotélico. Segunda ele, essa influência maléfica só começou a terminar no Iluminismo, quando a
humanidade se libertou de Aristóteles e da Igreja.
Todo este discurso, entretanto, é completamente falso. Nada na física leva ao misticismo
oriental. Suas descobertas não passam de enunciados sobre a natureza. Dizer, como ele diz por
exemplo, que a ininterrupta interação entre as partículas fundamentais leva a conclusão de que o mundo
está todo conectado é propagandear o óbvio. Da mesma forma que é evidente que somos poeira das
estrelas, ou que é preciso estudar o ciclos naturais para entender a vida na Terra. Ou, ainda, que todos
os seres vivos formam uma rede. Não há nada de moderno nisso, menos ainda de contraditório em
relação ao cristianismo. Essas conexões não são mágicas, são físicas.
As “novas” interpretações propostas por ele exigem uma componente externa, não científica,
mas ideológica. No caso, um repúdio ao cristianismo e uma falsa noção de harmonia entre as doutrinas
panteístas orientais, a gnose e mais uma centena de outras filosofias. A física, enquanto verdadeira
ciência, não tem meios de fazer afirmações espirituais como querem os adeptos da Nova Era. Apesar de
eventualmente reconhecerem isto, maliciosamente usam fatos científicos para tentar apoiar suas ideias.
De fato, é justamente aí que se tornam muito perigosos.
Uma análise criteriosa, por exemplo, do livro “O Tao da Física” não seria capaz de apontar
grandes erros de física. Pelo menos, creio, não encontraria mais do que em qualquer outro livro. A
diferença é que Fritjof Capra usa a tática vil de colocar enunciados corretos de física, seguidos de
pensamentos filosóficos orientais. Desta forma, alguém menos treinado cientificamente, ou desavisado
quanto ao marketing doutrinário, é levado a acreditar que a física dá base ao budismo ou o hinduísmo,
por exemplo. E pior, sendo conduzido pelo pensamento anti-ocidental do autor, acredita que o
cristianismo está falido porque não se enquadra nas novas descobertas científicas. O que, obviamente,
não faz sentido algum. Basta ver que grandes cientistas foram cristãos muito piedosos e que os filhos
da Igreja sempre participaram (e continuam a participar) ativamente do desenvolvimento da ciência,
inclusive da Física Moderna.
As descobertas científicas se aplicam ao mundo material. Implicações filosóficas e espirituais
podem ser traçadas em perspectiva do conhecimento adquirido. Entretanto, isso deve ser feito
honestamente, mantendo as pessoas conscientes quanto ao “passo além” dado. O cristianismo não é
uma doutrina falida que não se adapta aos novos conhecimentos da ciência, como afirmam os
defensores da Nova Era e Fritjof Capra. Antes, é a verdadeira fonte deles, já que foi a partir da
civilização cristã ocidental que eles foram desenvolvidos. E estes, em especial a parte conhecida por
Física Moderna, não têm qualquer incompatibilidade com a fé.
Alexandre Zabot
Físico, mestre e doutorando em Astrofísica
http://stalbertus.com

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