ANTECEDENTES DO CONTROLE MENTAL

O desejo de controlar às pessoas totalmente é muito antigo e qualquer ditadura, democracia, regime autoritario ou monarquia despótica sempre têm tratado de que seus cidadãos ou súbditos tenham as mesmas ideias e atitudes, especialmente para seus dirigentes. Para isto se utilizou desde muito antigo a propaganda[1] e a repressão de cabeças ou organizações. Mas estas acções não podem acabar com as ideias díscolas na totalidade da população, pese a que sim conseguem evitar que se manifestem abertamente, ao menos durante algum tempo.

Para conseguir acabar com as ideias de algumas pessoas concretas recorreu-se à tortura que em muitas ocasiões se limitava a extrair confesiones (fossem verazes ou não) como no caso da Inquisición; mas diferentes organizações represoras, como a CHEKA da Revolução Russa, descobriram que com técnicas desorientadoras, frio, má alimentação e pressão constante podia implantar em seus torturados a ideia que quisessem pára que depois declarassem essa ideia implantada ante juízes e tribunais, por exemplo. Em isto os soviéticos se converteram em autênticos experientes e inclusive foi denunciado por Amnistia Internacional em relatórios sobre a utilização da medicina para a tortura[2] entre outros, bem como em uma publicação específica sobre a medicina na URSS.[3] A todas estas técnicas lhas costuma englobar dentro do termo lavado de cérebro.

O problema da lavagem de cérebro estribaba em que quando cessava a violência, o medo ou a presença da pessoa que ameaça, as ideias implantadas também desaparecia e são substituídas pelas iniciais com rapidez.

Por tanto, desde o mesmo momento quase que começou a tortura como método de repressão, se percebeu a pouca vigência desta técnica e a necessidade de conseguir outras mais persistentes no tempo. Por outra parte a tortura produz graves secuelas psicológicas no torturador, começando pela rejeição social que sofriam os verdugos (servidores públicos do estado encarregados de executar, mas também torturar) e seguindo por todo o tipo de medos, remordimientos e depresiones por ter que inflingir dor e sofrimento a pessoas contra as que no fundo nada tem na contramão. Existem muito poucos relatórios sobre o treinamento de torturadores, por ser um autêntico segredo de estado; mas Amnistia Internacional sim teve acesso a um realizado pela ditadura grega na que se via que para manter um corpo de torturadores estável era necessários procurar gente do médio rural que não desejassem levar essa vida, lhes assegurar trabalho em cidades, oferecer grandes salários e lhes reforçar constantemente a importância de sua missão para a pátria (não para o regime que seja), o perigo que correm se deixam de torturar e a maldade das pessoas que devem torturar. Pese a tudo, em actos como a Comissão para a Verdade e a Reconciliação de História de África do Sul|África do Sul]], se comprovou que muitos torturadores estavam profundamente arrependidos e doídos por suas acções.

Estes exemplos mostram que a lavagem de cérebro não está ao alcance de todas as organizações e custa muitos esforços o manter